O Sobrado
da Baronesa como ainda é chamado pelos assuenses, foi mandado construir por
Manuel Lins Wanderley (Coronel Wanderley). Sua construção é anterior a 1825,
data em que ele, Coronel Wanderley, casou-se com uma moça membro da antiga
família Casa Grande. Sua filha Belisária Lins Wanderley de Carvalho e Silva,
ali residiu quando casada com Felipe Neri de Carvalho e Silva (Barão de Serra
Branca). Ela era assuense (faleceu em Natal em 1933 e está sepultada no
Cemitério Público São João Batista, na cidade de Assu), Baronesa por ser casado
com Felipe Nere, natural de Santana do Matos (RN). O decreto dando a Felipe o
título de Barão, foi assinado em 19.8.1888, quando a Princesa Isabel governava
o Brasil.
Dr. Luis
Carlos Lins Wanderley (1831-1990), outro filho do Coronel Wanderley também
residiu naquele casarão secular. Luiz Carlos foi o primeiro norte-riograndense
a se formar em medicina e o primeiro romancista potiguar, publicando o romance
intitulado "Mistério de Um Homem". Ainda foi poeta e, como jornalista
dirigiu o jornal "Correio de Natal", além de ter sido deputado
provincial, vice-presidente da provincia, chegando a governá-la em 1886.
Teatrólogo, poeta, ganhou comendas como a Comenda de Cavalheiro da Ordem da
Rosa e a Medalha da Ordem do Cruzeiro, por ter combatido na qualidade de médico
a epidemia de febre amarela e cólera, no tempo do Império. Naquele sobrado
também residiu o médico que foi intendente do Assu, deputado estadual,
presidente da Assembléia Legislativa chamado Ezequiel Fonseca Filho, bem como
funcionou ainda o escritório do seu então proprietário José Wanderley de Sá
Leitão e a Cooperativa de Consumo do Assu (anos sessenta). Atualmente funciona
a Casa de Cultura, do Governo do Estado.
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